Sesau orienta sobre prevenção e tratamento da meningite

Dor de cabeça e na nuca, rigidez no pescoço, febre e vômito estão entre os sintomas
 
Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Meningite, que ocorre nesta quarta-feira (24), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orienta a população e os profissionais de saúde sobre a doença, que atinge aproximadamente 2.500 pessoas por ano no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde (MS). A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, podendo ser causada por bactérias, vírus, fungos ou traumas.


 A doença meningocócica é uma infecção bacteriana aguda, quando se apresenta na forma de doença invasiva, caracteriza-se por uma ou mais síndromes clínicas, sendo a meningite meningocócica a mais frequente delas e a meningococcemia a forma mais grave. “Nos casos de meningococcemia, o coma pode ocorrer em algumas horas. Associa-se a elevadas taxas de letalidade, geralmente acima de 40%, sendo a grande maioria dos óbitos nas primeiras 48 horas do início dos sintomas”, informa a técnica do Programa de Doenças Imunopreveníveis da Sesau, Claudeane Nascimento.


A transmissão, segundo Ministério da Saúde, é de pessoa a pessoa, por via respiratória, através de gotículas e secreções do nariz e garganta, ao tossir, falar ou espirrar, havendo necessidade de contato íntimo e prolongado. Por isso, a convivência no mesmo ambiente, seja com indivíduos doentes, residente da mesma casa, colega de dormitório, creche e alojamento, facilita a transmissão.

“Tanto o portador quanto o doente pode transmitir a doença. No entanto, após a colonização da nasofaringe, a probabilidade de desenvolver doença meningocócica invasiva dependerá da virulência da cepa, das condições imunitárias do hospedeiro e da capacidade de eliminação do agente da corrente sanguínea, pela ação de anticorpos séricos com atividade bactericida mediada pela ativação do complemento. O baço também exerce um importante papel na eliminação da bactéria na corrente sanguínea”, explicou Claudeane Nascimento.

Sintomas – Em bebês e crianças, os sintomas mais comuns são choro persistente, irritabilidade, recusa alimentar, inchaço da moleira e reflexos anormais. Já nos adultos, são febre alta de início súbito, dor de cabeça, rigidez do pescoço, mal-estar, náusea e vômito, intolerância à luz e confusão mental. “Com o passar do tempo, alguns sintomas mais graves podem aparecer, como convulsões, delírios, tremores e coma”, exemplificou Claudeane Nascimento.

 Ainda segundo ela, todas as pessoas, em qualquer idade, podem ser acometidas pela doença. O maior risco de adoecimento, no entanto, está entre as crianças menores de cinco anos de idade, visto que sintomas podem ser confundidos com outras doenças. Por isso, é importante estar atento. “Quanto mais rápido buscar atendimento médico, maiores serão as chances de cura. Meningite é grave e pode ser fatal”, afirmou a técnica do Programa de Doenças Imunopreveníveis da Sesau.

Diagnóstico – Como a doença evolui rapidamente, os médicos se baseiam nos sintomas para iniciar o tratamento. O diagnóstico laboratorial das meningites é fundamental e tem como objetivo isolar a bactéria para identificar a espécie e, posteriormente, o sorogrupo, sorotipo e sorossubtipo do meningococo invasivo.


“O problema da meningite é sua progressão rápida e suas complicações, que não raro surgem em menos de 24 horas. Ou seja, o paciente deve ser encaminhado ao hospital o mais rápido possível, onde receberá várias de medidas de suporte”, destacou Claudeane Nascimento.

Prevenção - A vacinação é a principal forma de evitar a meningite. Na rede pública está disponível a vacina que protege contra a meningite C. Ela protege contra a doença causada pela bactéria Neisseria meningitidis sorogrupo C. A primeira dose é aos três meses de vida, a segunda aos cinco e aos 12 meses toma-se o reforço.

Para os adolescentes, a vacina deve ser administrada, numa única dose, dos 11 aos 14 anos de idade. Há também a vacina da BCG, que previne as formas graves de tuberculose, incluindo a meningite tuberculosa.

Conforme dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde (MS), em 2018 foram notificados 12 casos de meningite em todo o Estado e cinco óbitos. De janeiro a março de 2019, foram notificados cinco casos e dois óbitos, enquanto que, no mesmo período do ano passado, foram dois casos e um óbito.

Fonte: Assessoria



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