Com mais de 13 milhões de desempregados atualmente no país,
muitos brasileiros estão buscando sobreviver e em muitos casos, estão deixando
de atuar em sua área de formação e exercendo atividades, antes não pensadas e
que na maioria dos casos pagam salários inferiores ao do que se esperava,
trazendo insatisfação e tristeza ao profissional.
Apesar de ser uma capital de porte médio, Maceió com
pouco mais de 1 milhão e 100 mil habitantes, não possui muitas grandes empresas,
por isso muitos profissionais que se formam semestralmente nas instituições de
ensino superior na capital alagoana, acabam indo trabalhar como vendedores de
lojas no comércio e representantes de atendimento na empresa de Call Center
Almaviva.
Nos dias de hoje, a empresa italiana Almaviva está
sendo a maior empregadora de mão-de-obra em Maceió, onde mais de 5 mil pessoas
trabalham, prestando serviço para as empresas Claro, Net, SKY, Light, Latam e
Vivo, com a formação básica completa e em alguns casos, com especialização na área
que estudou e sonhou ter um emprego com remuneração digna.
Segundo uma representante de vendas, que não quis se
identificar mesmo qualificada e com bastante experiência na sua área, ela está
na empresa há quase um ano, porque não está conseguindo se inserir em seu
segmento de formação e a Call Center, foi à primeira porta que se abriu após mais de dois
anos desempregada. “As únicas vantagens dela são as seguintes: vale-alimentação
e plano de saúde corporativo após completar três meses de atuação. no entanto,
a cobrança é muito grande e isso faz com que a rotatividade nela seja constante”,
destacou.
Para o economista Marcos Calheiros, essa situação
vivida no país, é reflexo dos grandes investimentos realizados em tecnologia, a
exemplo do aplicativo de passageiros Uber, onde os preços das viagens são mais baratas que as dos taxistas tradicionais e dessa maneira vem tirando muitos clientes dos taxistas, mas não deixando de gerar
oportunidades com a sua execução. “Ninguém sabe até onde, a tecnologia
substituirá o homem, mas os empregos gerados em outras áreas, não compensam os
que foram fechados e com isso as pessoas são obrigadas a refazer a vida em
outras áreas, aceitando salários muito inferiores do que recebiam anteriormente”,
pontuou.
Que tristeza. Tenho esperança que as coisas melhorem.
ResponderExcluirParabéns pelo blog, parceiro! Sobre o Uber o que acrescento é o posicionamento que a empresa não "tirou" clientes dos taxistas, antes, na perspectiva da livre concorrência, veio a sanar a precariedade e altos custos do serviço existente e de baixa qualidade. Abraço.
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