O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Ministério Público Estadual (MPE) cobraram oficialmente ao prefeito Rui Palmeira, na última segunda-feira, 17, a viabilização de transporte público gratuito a adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade, enquanto estiverem participando de curso de qualificação profissional. A proposta surgiu na última reunião do Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção do Adolescente Trabalhador (Fetipat/AL).
O objetivo é proporcionar o acesso de jovens assistidos pelos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) aos cursos de formação profissional ofertados gratuitamente pelo Sistema S. Durante audiência realizada na mesma data, com a presença de representantes do município de Maceió, também foi cobrada a inserção de jovens aprendizes nos quadros municipais.
A procuradora do MPT Virgínia Ferreira e a promotora do MPE Marília Cerqueira defenderam que o município lance edital para a contratação de jovens aprendizes e direcione essas vagas para adolescentes em situação de vulnerabilidade, em especial aos que forem retirados do trabalho infantil, aos que cumprem medidas socioeducativas e os que se encontram abrigados.
Para Virgínia Ferreira, é importante que o poder público assuma obrigação de qualificar os adolescentes para possam exercer uma profissão, na idade permitida. A procuradora sugeriu que sejam realizados cursos de formação profissional para setores da economia que possam oferecer mais oportunidades de empregabilidade, como as atividades voltadas ao turismo.
“Temos o art. 227 da Constituição Federal garantindo o direito à profissionalização aos adolescentes, como responsabilidade do poder público, da sociedade e da família. O Ministério Público do Trabalho tem buscado o cumprimento da legislação por parte das empresas estabelecidas em Alagoas, mas o poder público também deve assumir responsabilidade”, explicou Virgínia.

Uma nova audiência, marcada para 25 de fevereiro, na sede do MPT, deve tratar dos avanços das medidas propostas pelo Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Estadual e demais integrantes do Fetipat. A Comissão da Criança e Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) também deve participar das discussões.
Fonte: Assessoria
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